terça-feira, 20 de junho de 2017

Vereadores discutem greve de médicos em Colombo

A Câmara Municipal de Vereadores tem tratado com urgência o Projeto de Lei do Executivo 7/2017 que, entre outras providências, dá aumento aos médicos do serviço público do município. A categoria entrou em greve na noite da última segunda-feira (12/6) prestando somente os atendimentos de urgência e emergência e 60% dos demais atendimentos.

Na sessão ordinária desta terça-feira (13/6), o conteúdo do projeto foi novamente citado pelos parlamentares e as condições pelas quais a greve foi iniciada, criticada por alguns vereadores. O presidente da Comissão de Educação, Saúde e Bem Estar-Social, vereador Dr. Antoninho (PSDB), destacou que, na reunião entre a Secretaria de Saúde e o Simepar (Sindicato dos Médicos do Paraná), na qual esteve presente com outros membros da comissão, viu uma queda de braço entre lideranças da prefeitura e do sindicato, em detrimento da população que precisa dos atendimentos. “Foi uma discussão sobre quem pode mais, não abriram exceções, não deram chances para que houvesse um período de 15 dias para acionar a prefeita, ver o que se pode fazer e quem sofre é a população. Chegou a hora de a Câmara tomar uma decisão mais radical. Podem fazer a queda de braço que quiserem, menos em Colombo”, afirmou.

Os profissionais requerem equiparação salarial e reclamam o corte de gratificação, feita no início deste ano, a redução do adicional de insalubridade, determinou que os médicos concursados para 12 horas trabalhassem 20 horas, sem acréscimo remuneratório e teria trocado os médicos de local de trabalho sem justificativa prévia.

O presidente da Câmara, vereador Vagner da Viação (PRB), afirmou que, quanto às horas trabalhadas, há uma ação na Justiça e cabe ao Poder Judiciário emitir um parecer. “Mas, cabe a nós, do Legislativo, analisar o projeto que o Executivo nos encaminhou, votá-lo o quanto antes, para que os médicos recebam essa diferença de salário e, sobre essas mudanças de locais de trabalho, podemos pedir uma reabertura do diálogo”, destacou.

O Projeto de Lei 7/2017 visa aumentar os salários pagos para a categoria em Colombo, equiparando à media paga em outros municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), estabelecendo a carga horária semanal de jornada para 20 horas, com o piso a partir de R$ 4.577,86. A intenção é evitar a evasão destes profissionais para outras cidades. O projeto está em discussão nas Comissões e, assim que tiver um parecer, deve ser discutido e votado em dois turnos em plenário, em sessão ordinária ou extraordinária, que pode ser convocada conforme determina o Artigo 102 do Regimento Interno da Câmara.

O vereador Anderson Prego (PT) lembrou que a greve não é resultado apenas da demanda por salários e por isso a Câmara precisa se posicionar. “Em relação ao salário, vamos nos reunir para discutir o projeto já logo após esta sessão [as Comissões de Constituição e Justiça e de Economia, Finanças e Orçamento] para discutir as questões do projeto que tramita aqui. Esta Casa já se colocou favorável ao aumento de salário, mas não é só isso que se discute: em muitos locais, faltam condições de trabalho e isso, em muito, é responsabilidade do governo estadual”, apontou.  


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário