sexta-feira, 2 de junho de 2017

Petraglia foi o Primeiro a Cortar os "Cabos" da Globo!

Certamente alguns lembrarão do fato, muitos desconhecem, mas Petraglia começou a luta pelos direitos do Atlético Paranaense em 1996, em um tempo que ninguém ousava bater de frente com aquela que já foi chamada de poderosa!

Mas agora a conversa é outra! Não é mais do mesmo! É conscientização popular!

Quando uma emissora de TV coloca interesses pessoais a frente do interesse do povo e da verdade, não demora muito, "sua" moral despenca juntamente com a programação.

Não há falta de criatividade para a mídia brasileira, apenas a mídia está em mãos erradas, que desconhecem o produto, não sabem trabalhar com ele, está nas mãos dos incompetentes e sem visão de futuro.

O futebol brasileiro é um dos melhores produtos do Brasil, é de fácil venda, mas a Globo ao invés de colaborar com o crescimento e explorar as diversas regiões do nosso país e qualidades do produto, tenta monopolizar em um determinado local, desmerecendo a maioria dos clubes, sem se dar conta de que aos poucos está desvalorizando o produto como um todo. 

A Globo está destruindo o futebol brasileiro. Alguns clubes, mesmo os que recebem altas receitas, estão abrindo os olhos e vendo que irão acumular mais prejuízos no futuro. A CBF, maior entidade do futebol nacional, está copiando o Atlético Paranaense. A CBF aprendeu com o Atlético, que há mais o que se lucrar saindo da Globo do que continuar a vender seu produto com fama mundial a preço de banana, além de vê-lo sendo desvalorizado pela Rede.

Recheada com uma programação apelativa, com cenas bizarras em suas novelas, denegrindo a própria sociedade em que vive, está aos poucos também, esvaziando estádios. Os clubes fazem  mágicas para convencer o torcedor a sair de casa.

E como fazer? 

Oras, temos o campeonato mais equilibrado do planeta, inspirar-se naqueles que realmente buscam a perfeição e qualidade, por exemplo o futebol inglês, é um bom começo.

Inacreditavelmente para alguns o futebol inglês, o mais rico do mundo, mostra o motivo que o levou a se tornar rico, famoso e um dos melhores em campo; UMA DIVISÃO QUASE IGUALITÁRIA. 

Os ingleses aprenderam a premiar o melhor em cada campeonato e não pela suposição de que determinada torcida é maior ou menor. Para que isso pudesse ser utilizado de parâmetro deveríamos no mínimo ter eleições diretas obrigatórias, onde todos os brasileiros deveriam votar escolhendo seu clube de coração para então poder tornar possível um embasamento real para partilha de cotas de TV. A suposição nunca é a real imagem da realidade e nem mesmo pesquisas podem realmente determinar com segurança e certeza, quem é ou não líder. Muitos políticos no Brasil foram derrubados pelas pesquisas. Se devemos utilizar um parâmetro que meça a torcida de cada clube, deveríamos então utilizar frequência de público nos estádios, pois é mais do que justo.

A Globo joga contra si mesma há muitos anos e nos últimos dias conseguiu algo inimaginável, perdeu os direitos de transmissão de jogos da Seleção Brasileira. Sinal dos tempos. 

A CBF pretende, a principio, transmitir seus jogos via YouTube também. O feito da dupla Atletiba, em transmitir via YouTube seu clássico, teve repercussão mundial gigantesca. Para aqueles que diziam que seria mais uma piada da administração do Atlético Paranaense, dar a ideia e promover tal passo pelo futebol paranaense, terá que repensar, pois a atitude está mudando o futebol brasileiro. Coincidência ou Consciência?  

A Globo caminha a passos largos rumo a FALÊNCIA!!!!!

Quero lembrar a todos que um homem, um administrador de clube, iniciou uma batalha solitária contra a poderosa Globo quando em 1996 cortou os cabos de transmissão da Rede, no jogo contra o Atlético Mineiro na Baixada pelas oitavas do Brasileirão, para desespero geral e opiniões de que aquilo jamais daria certo, por não concordar com a divisão de cotas. Mario Celso Petraglia teve a coragem de bater de frente e mostrou que é possível sim crescer, evoluir e explorar ainda mais o potencial do futebol brasileiro e não apenas do eixo Rio-São Paulo.

O jornal LANCE! publicou recentemente uma matéria comparativa sobre os direitos de TV praticados no Brasil e na Inglaterra. 

Por  Amir Somoggi

Discrepância dos direitos de TV no Brasil, um erro da Globo.


Recentemente foram divulgados os valores pagos pelos direitos de TV da Premier League para a temporada 2016-17. Analisando os dados, fica claro como o modelo empregado no Brasil está completamente equivocado.

A lógica é clara, quanto mais equilíbrio nos valores divididos nos direitos de transmissão, maior a chance de haver um equilíbrio esportivo. No caso dos EUA é ainda mais rigoroso, com uma divisão igual para todos os times. 


O atual contrato do campeonato inglês divide £ 2,5 bilhões entre os times, mais de R$ 10 bilhões por ano. Nessa última temporada todos os times receberam £ 84,4 milhões fixos.

O campeão Chelsea ficou com um total de £ 153,3 milhões. Além do valor fixo garantindo, recebeu outros £ 30,4 milhões pelos jogos transmitidos e mais £ 38,4 milhões por seu desempenho.

O último colocado Sunderland recebeu £ 99,9 milhões, além do valor fixo igual para todos, outros £ 13,6 milhões pelos jogos transmitidos e £ 1,9 milhão pelo desempenho.

No Brasil a diferença só aumenta infelizmente, pela falta de uma liga e pela presença de uma única emissora até agora ditando as regras. A entrada do Esporte Interativo apenas obrigou a Globo a gastar mais, mas nem por isso mudou esse formato de privilegiar os grandes em detrimento dos pequenos.

Segundo meu estudo publicado sobre as finanças dos clubes em 2016, as emissoras de TV entre direitos de TV e luvas pelos novos contratos pagaram R$ 2,5 bilhões aos 20 maiores clubes em receitas do Brasil. Veja tabela abaixo:


A diferença entre o que mais recebe e o que menos recebe é atualmente de inacreditáveis 9,7 vezes! Sem dúvida um desserviço ao futebol brasileiro e uma falta de visão da principal detentora de direitos de TV, já que essa discrepância somente piora o nível técnico da competição e a deixa cada dia mais previsível.

Previsibilidade no esporte gera menores índices de audiência e distanciamento de empresas anunciantes nas transmissões no longo prazo. Um erro que somente uma liga evitaria.


Link da matéria completa: LANCE!

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